TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, uma alteração no funcionamento do cérebro, que inicia na infância. A característica essencial para o diagnóstico é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento da pessoa. 

A desatenção manifesta-se comportamentalmente como distração em tarefas, falta de persistência em atividades, dificuldade para manter o foco e desorganização. Para ser considerada deve ser descartadas situações de desafio ou de falta de compreensão/entendimento em relação a atividade.

A hiperatividade manifeta-se através da atividade motora excessiva, como se estivesse com o "motor ligado", não consegue parar, ou ficar sentado por muito tempo, ou se fica sentado remexe os pés e as mãos com frequência.

A impulsividade refere-se a ações precipitadas, que ocorrem "sem pensar" e com elevado potencial de dano à pessoa, como atravessar a rua sem olhar, ou se envolver em acidentes de trânsito frequentemente por não avaliar o contexto antes de tomar uma decisão, como ultrapassar. Pode se manifestar também como intromissão social, a pessoa não consegue aguardar a vez de falar, ou ainda interrompe atividades dos outros com frequência.

O início ocorre na infância, para o diagnóstico é importante que os sintomas estejam presentes antes dos 12 anos, e que se manifestem em mais de um ambiente como casa, escola/trabalho (DSM V).

Adultos podem ter TDAH?

Por muitos anos, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) foi considerado um transtorno de início na infância que tem um efeito limitado na idade adulta.

No entanto, hoje se sabe que mais da metade dos casos continua na vida adulta.

Ou seja, a doença, simplesmente, não pára de existir apenas porque a criança cresceu.

Estima-se que 2,5 a 3,4% dos adultos em geral sofram com o transtorno.

O adulto com TDAH pode apresentar prejuízos no meio social, no trabalho, na família, quando não tratado corretamente. 

O risco de não tratar é diminuição na qualidade de vida e o aumento do risco de adoecimento psíquico. 

Quais são os sintomas de TDAH no adulto?

Os principais sintomas são os mesmos da infância: falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Esses ocorrem de forma persistente, podendo ocorrer juntos ou isolados.

Os níveis de hiperatividade e impulsividade costumam reduzir com a idade, e os sintomas de desatenção são mais evidentes no adulto.

Pode haver também desregulação emocional, alterações do sono e prejuízo em funções executivas.

Como é o tratamento do TDAH?

O tratamento para o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade não se restringe ao uso de medicação, é preciso avaliar aspectos individuais do pacientes para adequar quais intervenções serão indicadas.

O tratamento para o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade não se restringe ao uso de medicação, é preciso avaliar aspectos individuais do pacientes para adequar quais intervenções serão indicadas.

As abordagens devem ser planejadas e implementadas de forma integrada, sempre individualizando as condutas e reavaliando constantemente porque as necessidades podem variar ao longo do tempo. 

No início o foco é em psicoeducação, ou seja, ensinar ao paciente o que é o TDAH, como ele pode se manifestar no dia a dia e quais são os benefícios de aderir ao tratamento. Essa ferramenta é reforçado ao longo de todo o tratamento, com objetivo de tranquilizar o paciente (entender que o que ele sente ou como ele enfrenta as situações é normal devido ao transtorno, e que existe tratamento) e planejar os próximos passos do tratamento.

A terapia comportamental e o tratamento medicamentoso são duas modalidades de tratamento que se mostraram eficazes para o tratamento dos sintomas nucleares do TDAH. Podem ser indicadas de forma isolada ou conjunta, dependendo a avaliação do quadro.

Qual tipo de psicoterapia é indicada?

A Terapia Comportamental ou Manejo de Contingência, que é baseada na teoria do aprendizado, compreende a identificação específica dos problemas e o planejamento de estratégias de contigência e monitoramento da ocorrência dos problemas.

O componente cognitivo pode ser adicionado à intervenção com o objetivo de auxiliar o paciente a entender a conexão entre pensamentos, emoções e comportamentos e como eles podem resultar em consequências inapropriadas ou prejudiciais. 

Qual remédio usa para tratar?

O objetivo do tratamento farmacológico é que a redução dos sintomas, e as medicações de escolha são os psicoestimulantes. Essas medicações tem ação limitada ao uso, dessa forma é importante que a duração de efeito seja consistente ao longo do dia e com mínimos efeitos adversos.

No Brasil, existem apenas 2 substâncias psicoestimulantes disponíveis e aprovadas para o tratamento de TDAH: Lisdexanfetamina e Metilfenidato. A eficácia e a tolerabilidade dessas medicações foram muito estudadas e possem uma evidência consistente na literatura quanto a resposta terapêutica e segurança.

Algumas medicações não estimulantes também podem ser usadas no tratamento, mas com menos evidência.

O uso de psicoestimulantes é para sempre?

O tratamento medicamentoso de escolha para o TDAH é o uso de psicoestimulantes. Essas medicações possuem algumas particularidades e possuem o efeito limitado ao uso. Mas será que precisa usar para sempre todos os dias?

Uma vez iniciado o tratamento recomenda-se que seja feito o monitoramento periódico da evolução dos sintomas e dos possíveis efeitos adversos.Por isso a importância de manter uma regularidade de consultas.

Alguns autores orientam que a medicação deve ser usada todos os dias, outros permitem pausas aos finais de semana, depende muito da indicação clínica, isso deve ser discutido com o médico que prescreveu a medicação.

O período de duração do tratamento é variável, e será determinado pela evolução natural dos sintomas que podem entrar em remissão ou persistirem ao longo da vida. É preciso avaliar o benefício de tratar ou de interroomper a medicação, e isso deve ser discutido em consulta com o médico prescritor.

Portanto, a resposta é depende!

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