Setembro Amarelo - Uma Oportunidade para refletir!

Setembro Amarelo - Uma oportunidade para Refletir

    Suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo com a intenção de morrer, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, através de um método que ele acredite ser letal. Estima-se que no Brasil aproximadamente 17% das pessoas pensam em tirar a própria vida em algum momento. A campanha do Setembro Amarelo visa a conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde ao menos 9 entre 10 casos de suicídio poderiam ser prevenidos. O Ministério da Saúde liberou, ano passado, o perfil epidemiológico das tentativas e óbitos por suicídio no Brasil, como parte da Agenda Estratégica de Prevenção ao suicídio. Os números são alarmantes, o suicídio é um problema de saúde pública, é preciso falar sobre isso, é preciso mudar essa realidade.

    No mundo a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos é por suicídio, são mais de 800 mil pessoas que tiram a própria vida por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2014. No Brasil, 11 mil pessoas cometem o suicídio em média por ano, é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, nessa faixa etária 65,6% dos óbitos são por causas externas (violências e acidentes), segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade, 2017. Importante considerar que muitos casos de óbito por suicídio não são notificados, casos de intoxicação exógena (uso de substâncias) ou acidentes automobilísticos, entre outros.A maioria das tentativas de suicídio ocorrem entre as mulheres, corresponde a 69% do total no Brasil entre os anos de 2011 e 2016. No entanto, no mesmo período o número de homens que morreram por essa causa foi muito maior, 79% do total de óbitos por suicídio, por outro lado as mulheres são mais reincidentes, tentam o suicídio mais vezes que os homens. 

    O suicídio é um ato complexo, determinado por inúmeras causas, não é fácil de se explicar ou entender o que leva uma pessoa a tirar a própria vida.  Ocorreram episódios em praticamente todas as culturas, todas as idades, profissões, orientações sexuais e identidades de gênero. Antes no entanto deste desfecho trágico é possível identificar um comportamento suicida. Como dito anteriormente no Brasil a cada 100 pessoas, 17 já pensaram em tirar a própria vida, destas 5 já tiveram um plano de como fazer isso, destas ao menos 3 já tentaram o suicídio, e dessas 3 uma resultou em morte. Ou seja, não estamos falando apenas de 11 mil pessoas que morrem por suicídio por ano, o número de pessoas que chegam a pensar sobre isso e planejar é muito maior, é assustador e ao mesmo tempo triste. 

    Os principais fatores de risco para suicídio são tentativa prévia de suicídio e transtorno mental. Estima-se que ao menos metade das pessoas que morrem por suicídio já haviam tentando o suicídio em outros momentos da vida. O suicídio em geral está associado (em mais de 90% dos casos) às doenças mentais, alguns acreditam que em até 100% dos casos. Esse fato que nos leva a crer que o tratamento dessas doenças poderia reduzir o número de tentativas e consequentemente o número de óbitos por suicídio. Os transtornos mentais mais relacionados ao suicídio são os quadros depressivos e os quadros de dependência química. Contudo, é importante ressaltar que somente a presença da doença mental não determina o suicídio, já que a maior parte dos portadores não se matam.

     Não existe uma causa única determinante, é um conjunto de fatores que levam a pessoa a pensar em tirar a própria vida. Escrevi uma matéria que foi capa do Caderno Saúde no Jornal Diário do Sudoeste, nela falo sobre mitos que envolvem o suicídio, destaco alguns sinais que podem indicar risco de suicídio e oriento como agir nessas situações: https://www.diariodosudoeste.com.br/noticia/setembro-amarelo-uma-oportunidade-para-refletir

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