Como funciona uma consulta psiquiátrica?

O que faz um Psiquiatra?

Muitas vezes as pessoas deixam de procurar atendimento por preconceito ou falta de conhecimento!

Psiquiatra é um médico que é especialista em Saúde Mental. É habilitado para tratar os transtornos mentais e o corpo como um todo, e são capazes de diagnosticar doenças psiquiátricas e não psiquiátricas. Além de poder medicar o paciente quando necessário.

O profissional avalia a pessoa como um todo, suas emoções, seus pensamentos e sua saúde física. 

Para determinar se há adoecimento psicológico é necessário diferenciar se os sentimentos ou comportamentos que motivaram a consulta são esperados para a situação ou não, quanto a intensidade, a duração e ao impacto na vida do indíviduo. 

A avaliação é feita através da análise do que o paciente trouxe para a consulta, as informações que passou, o comportamento que apresentou, os exames e medicações que possa ter trazido. O psiquiatra não é capaz de ler mentes, ele apenas junta dados e através deles desenvolve um raciocínio clínico baseado em evidências científicas, e através dele é capaz de indicar ou não um plano terapêutico. 

Qual a diferença entre Psiquiatra, Psicólogo e Terapeuta?

Se por acaso você estiver com problemas relacionados a sua saúde emocional/ saúde mental e precisar procurar ajuda… Por onde começaria?

Qual profissional eu precisaria procurar? 

Como saber qual é o profissional de saúde mais indicado para o meu caso? 

Se você está se questionando e não sabe exatamente qual é a resposta correta, acalme-se, você não está sozinho. 

Recebo questionamentos como esse a todo momento. 

Ainda existe muita confusão com relação ao trabalho desses profissionais. Apesar de existirem algumas semelhanças, existem diferenças extremamente importantes. 

Psicólogos e psiquiatras são profissionais de saúde habilitados para tratar de questões psíquicas e mentais. Terapeutas podem não ser profissionais da saúde, a formação profissional varia de acordo com o tipo de terapia. 

Psiquiatras são médicos, além de tratar os transtornos mentais tem formação específica para tratar o corpo como um todo, e são capazes de diagnosticar doenças psiquiátricas e não psiquiátricas. Além de poder medicar o paciente quando necessário.

Psicólogos são graduados em psicologia e trabalham o comportamento e processos mentais, como emoções, sentimentos, razão e pensamentos. Através de conversas e técnicas psicoterápicas variadas.

O trabalho em equipe, sempre que possível, é preferível em Saúde Mental. O trabalho do Psiquiatra complementa o trabalho do Psicólogo e vice e versa…

Ainda não sabe qual profissional procurar?

Quando estiver em busca de autoconhecimento, de melhora do funcionamento e das relações sociais você pode procurar qualquer um dos 3 (mas tem alguns psiquiatras que não fazem psicoterapia - eu por exemplo!). Desde que pesquise antes sobre a formação dele e tenha boas referências. 

Quando apresentar sinais de alerta como comportamento suicida (pensar em morrer, planejar ou tentar tirar a própria vida), tristeza persistente com prejuízo funcional importante, transtornos alimentares, sintomas psicóticos (achar que está sendo perseguido ou apresentar alguma alucinação), alteração da concentração/ do foco, uso indevido de alcool ou outras drogas, problemas relacionados ao sono ou mudanças de humor muito frequentes, comportamento de risco (que coloque em risco a si mesmo ou a terceiros)… Em qualquer um desses casos é importante procurar atendimento com um médico Psiquiatra.

Que tipo de doença Psiquiatra trata?

  • Depressão (de início recente ou persistente/“crônica”);
  • Transtornos da Ansiedade (Ansiedade Generalizada, Ansiedade Social/Fobia Social, Fobias Específicas, Pânico);
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC);
  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT);
  • Transtorno Bipolar (e espectros);
  • Esquizofrenia;
  • Dependências Químicas (Nicotina/Cigarro, Álcool e Substâncias Psicoativas Ilícitas) e Comportamentais (Jogo Patológico);
  • Transtornos de Controle dos Impulsos (Compras compulsivas, Ciúme patológico, Transtorno Explosivo Intermitente, Transtorno de Escoriação, Tricotilomania);
  • Transtornos Alimentares (Anorexia, Bulimia, Transtorno de Compulsão Alimentar);
  • Transtornos do Sono (Insônia, Hiperssonia);
  • Transtornos de Personalidade (Ex.: Borderline);
  • Demências;
  • TEA - Transtorno do Espectro Autista.

Quando procurar um Psiquiatra?

  • Sinais e sintomas de Ansiedade ou Medo além do esperado para as situações;
  • Comportamento suicida (pensar em morrer, planejar, tentar tirar a própria vida ou ainda se expor a situações de risco);
  • Tristeza persistente ou diminuição de prazer pelas coisas (aquela sensação de tanto faz);
  • Mudança do comportamento habitual sem intenção com repercussão no dia a dia;
  • Transtornos alimentares (compulsão ou restrição alimentar, relação não funcional com a comida);
  • Sintomas psicóticos (achar que está sendo perseguido ou apresentar alguma alucinação);
  • Alteração da concentração/ do foco;
  • Uso abusivo de alcool ou outras drogas, ou ainda, dificuldade para suspender o uso sozinho;
  • Dificuldade para controlar o impulso - gastar demais, ficar agressivo, explosões frequentes;
  • Irritabilidade frequente;
  • Sensação de esgotamento psicológico;
  • Problemas relacionados ao sono como insônia ou sonolência excessiva;
  • Mudanças de humor muito frequentes;
  • Comportamento de risco (que coloque em risco a si mesmo ou a terceiros)…
  • Dificuldade para lidar com pensamentos que não gostaria de pensar;
  • Necessidade de realizar rituais comportamentais, checar inúmeras vezes as mesmas coisas ou ainda "mania de limpeza ou de organização"

Na dúvida sempre é melhor procurar uma avaliação especializada!

O Psiquiatra sempre prescreve medicação?

Isso não é uma regra. Nem sempre é necessário tratamento com remédios.

A consulta médica é realizada justamente para avaliar dois pontos principais:

  • Existe uma doença a ser tratada ou não? Após avaliacão em caso de inexistência de doença, o paciente será devidamente orientado e receberá alta;
  • Existindo uma doença, qual o melhor tratamento? Esse pode ser desde orientações quanto a mudança do estilo de vida até a prescrição de medicamentos. O principal é esclarecer o diagnótico para o paciente entender e participar do tratamento ativamente. Pode ser necessário o encaminhamento para outros profissionais de saúde, dependendo do caso, mas isso é discutido sempre em conjunto com o paciente. 

Caso seja necessário o uso de medicação, isso não precisa ser visto como algo ruim, com avanços científicos da Medicina e da Psiquiatria nos ultimos anos, todas as doenças tem critérios diagnósticos bem estabelecidos e tratamento seguro disponível!

A idéia do tratamento é que o paciente volte a ser quem ele era antes de adoecer! Em alguns casos os sintomas existem há tanto tempo que o paciente não lembra como era, nesses casos o remédio pode mostrar uma nova forma de ver a vida.

Consulta Psiquiátrica – O que levar??

  • Medicação. É muito importante levar todas as medicações em uso no momento (todas mesmo! Até aquela que não foi prescrita por médico, indicada pela vizinha…). Todos os remédios interagem entre si, mesmo as medicações naturais! Também é importante levar o histórico de medicações que possui alergia, intolerância ou que já usou e não obteve o resultado esperado.
  • Exames. O ideal é levar todos os exames recentes (último ano), para avaliação, mesmo que não tenha relação com a queixa da consulta. Isso porque muitas vezes em que o  paciente acredita não há relação, na verdade há. Deixe o médico julgar se os exames são necessários ou não.
  • Dúvidas. Esclareça todas as possíveis dúvidas durante a consulta, é o melhor momento para isso.

Acompanhantes - não é obrigatório, mas pode ser essencial para ter uma avaliação completa. Em alguns casos, o acompanhante pode atrapalhar e impedir que o paciente revele algumas informações que poderiam ser importantes (mas causam constrangimento), neste caso, o ideal é não levar.

É importante lembrar que o resultado do tratamento também depende de você! Dessa forma é importante repassar todas as informações que forem solicitadas ao médico e seguir adequadamente todas as orientações.

O que fazer quando o paciente não quer tratar ou não quer consultar?

O médico não pode forçar o paciente a realizar um tratamento que ele não deseja.

Atendo apenas adultos, então caso o paciente queira ser apenas avaliado e não seguir as condutas propostas isso será uma escolha dele. 

Minha conduta sempre é  explicar minha avaliação do quadro e o provável  diagnóstico, orientar sobre a importância de fazer o tratamento indicado e sobre os riscos de não fazer esse tratamento, para que o paciente possa escolher baseado em dados da ciência.

É bastante comum que a pessoa que esteja em intenso sofrimento ou adoecimento mental e emocional não tenha forças/iniciativa pra buscar ajuda, ou ainda não tenha consciência (senso crítico) sobre a sua doença, pode ocorrer até uma resistência frente a ideia de buscar ajuda médica.

Nesses casos quando o familiar que detecta a necessidade de auxílio profissional com mais urgência pode procurar pela orientação em consulta com o médico psiquiatra, a fim de receber orientações adequadas para o caso específico em questão. Quando o caso pode esperar o ideal é fornecer materiais sobre como é uma consulta psiquiátrica ou sobre os motivos pelos quais seria indicada a avaliação para que o paciente perceba sozinho que precisa de ajuda e aceite consultar.

Não há como padronizar uma orientação - o psiquiatra precisará compreender a demanda e questionar informações necessárias para que se determine um possível plano de abordagem/intervenção.

*Em casos muito específicos pode ser indicado o tratamento contra a vontade do paciente mas eu opto por não atender esses casos, por acreditar que o consultório não possui estrutura para isso. Por exemplo: em situações nas quais a pessoa está sem juízo crítico de realidade (no geral, com sintomas psicóticos) ou em risco de morte, um familiar responsável e o médico têm o papel de auxiliar o paciente em decisões sobre seu tratamento, tendo em vista o prejuízo do senso crítico. Nesses casos é recomendado uma avaliação hospitalar especializada. 

É possível realizar uma consulta psiquiátrica online?

Sim, o atendimento médico online, conhecido também como telemedicina, é o atendimento médico realizado à distância que pode ser feito diretamente entre o médico e o paciente por meio de uma tecnologia da informação que garanta a integridade, a segurança e o sigilo das informações trocadas durante a consulta. É uma ótima ferramenta quando o paciente não pode se deslocar até o consultório médico por motivos geográficos ou de tempo. 

No entanto, não são todos os casos que são elegíveis para consulta online, algumas situações serão direcionadas para consulta presencial.

O primeiro atendimento é preferível que seja online.

Esse tipo de atendimento foi permitido pelo  Ministério da Saúde que ampliou os serviços de telemedicina por meio da Portaria n.º 467/2020. Agora, além do pré-atendimento clínico, diagnóstico, monitoramento e consulta à distância, os profissionais da medicina também poderão emitir receitas e atestados médicos por meio da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) ou CRM Digital.

PORTARIA Nº 467, DE 20 DE MARÇO DE 2020 

Dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, decorrente da epidemia de COVID-19. 

Como me preparar para o atendimento psiquiátrico online?

  • Reserve um tempo de 45 min à 1 hora (organize a agenda para que não seja interrompida a consulta);
  • Use fones de ouvido (melhora a comunicação e o sigilo);
  • A internet deve estar com um sinal bom, escolha o local da casa onde o sinal é melhor, para evitar interrupções;
  • Escolha um local calmo com privacidade, para evitar interrupções e para que a conversa seja realizada em sigilo;
  • Em alguns casos pode ser necessário conversar com o familiar também, deixe alguém disponível para ser chamado durante a consulta;
  • Verifique se o celular, tablet ou computador está com a bateria carregada;
  • Lembre de silenciar as notificações ou colocar em modo não perturbe para evitar interrupções.

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